No primeiro momento devo registrar o alerta: particularmente entendo que não é bom misturar bebidas alcoólicas com qualquer medicamento, a menos que se tenha “autorização” expressa do médico responsável. Todavia, em que pese ao entendimento ao qual me filio, há de informarmos o conteúdo da matéria publicada no site Uol, sobre se há ou não problemas em se misturar álcool com analgésicos.
Bora lá então, abordar o conteúdo cerne da questão.
Sempre ouvimos coisas que, com o passar do tempo, viram verdades, paradigmas intocáveis, é exatamente esse o caso da seguinte assertiva: “não se pode misturar álcool com medicamentos, analgésicos, etc”.
Essa é uma informação que sempre tomei como verdadeira, estava lá no rol especial de assertivas especiais, daquelas que não se pode esquecer.
Entrementes, o site Uol, publicou notícia de que isso é, na verdade, um mito.
A reportagem afirmar que, embora as pessoas acreditem que o álcool tenha o poder de interferir na ação dos medicamentos, na verdade isso não ocorre.
Acontece que o álcool tem efeito diurético, de modo que faz o organismo excretar mais rapidamente os analgésicos, ou seja, reduzindo a duração da ação do fármaco no organismo.
A reportagem original ainda contraria um outro mito: aquele que afirma que a ingestão de bebida alcoólica com analgésicos causa um efeito entorpecente, com base na afirmação do médico anestesiologista Erick Curi, que afirmou:
“O álcool tem uma potente ação sobre o nosso sistema nervoso. A ingestão de bebidas alcoólicas altera a percepção do indivíduo a vários estímulos, entre eles o estímulo doloroso. Assim, ocorre uma falsa impressão de potencialização do efeito dos analgésicos”
Enfim, ao fim e ao cabo, me parece razoável a informação de que o efeito do álcool não é isolar o efeito do analgésico, mas fazer com que ele fique menos tempo no organismo. Mas, a conclusão não pode ser outra, se o remédio fica menos tempo no organismo, terá uma menor eficácia.
Eu já degustei um bom vinho, mesmo tomando medicamentos. Se reduziu ou não o efeito, não posso dizer, mas não percebi nada de “diferente”.”
Amon,
“Hodierno ancião, Procurador, engenheiro, mágico e músico. Adepto de esportes radicais e artes marciais. Tresloucado da vida. Enófilo aventureiro“
12 de junho de 2015 at 4:27
Certa vez misturei um antibiótico, não me recordo o nome, que tinha o efeito colateral "dissulfiram" na bula, tomei dois copos de cerveja, uma caipira e já tava chorando que nem criança e acordei com uma ressaca dos infernos no outro dia, sendo que nunca tenho. Já misturei com analgésicos e nunca deu nada, mas agora com medicamentos que tenham essa reação adversa é pedrada na certa!
13 de junho de 2015 at 22:30
Olá Caroline Barbon.
A verdade é que outros fatores influenciam na ingestão de bebida, sendo o organismo da pessoa um fator essencial.
Há aqueles mais tolerantes para o álcool do que outros, etc.
Eu, particularmente, registrei minha ressalva sobre a mistura de remédios e bebidas. Mas, o importante é desvendar o mito que se estabeleceu. Entende?
Podemos fazer um paralelo com bebidas e direção. Isso é extremamente perigoso e nada recomendável. Mas, nem sempre aqueles que bebem e dirigem causam acidentes, correto?
O que é relevante é ter em mente os perigos existentes e nossas responsabilidades, para após tomarmos a decisão de beber ou não.
Abraços e obrigado pelo comentário.