No primeiro momento devo registrar o alerta: particularmente entendo que não é bom misturar bebidas alcoólicas com qualquer medicamento, a menos que se tenha “autorização” expressa do médico responsável. Todavia, em que pese ao entendimento ao qual me filio, há de informarmos o conteúdo da matéria publicada no site Uol, sobre se há ou não problemas em se misturar álcool com analgésicos.

 

bebida e medicamentos

 

Bora lá então, abordar o conteúdo cerne da questão.

Sempre ouvimos coisas que, com o passar do tempo, viram verdades, paradigmas intocáveis, é exatamente esse o caso da seguinte assertiva: “não se pode misturar álcool com medicamentos, analgésicos, etc”.

Essa é uma informação que sempre tomei como verdadeira, estava lá no rol especial de assertivas especiais, daquelas que não se pode esquecer.

Entrementes, o site Uol, publicou notícia de que isso é, na verdade, um mito.

A reportagem afirmar que, embora as pessoas acreditem que o álcool tenha o poder de interferir na ação dos medicamentos, na verdade isso não ocorre.

Acontece que o álcool tem efeito diurético, de modo que faz o organismo excretar mais rapidamente os analgésicos, ou seja, reduzindo a duração da ação do fármaco no organismo.

A reportagem original ainda contraria um outro mito: aquele que afirma que a ingestão de bebida alcoólica com analgésicos causa um efeito entorpecente, com base na afirmação do médico anestesiologista Erick Curi, que afirmou:

O álcool tem uma potente ação sobre o nosso sistema nervoso. A ingestão de bebidas alcoólicas altera a percepção do indivíduo a vários estímulos, entre eles o estímulo doloroso. Assim, ocorre uma falsa impressão de potencialização do efeito dos analgésicos

Enfim, ao fim e ao cabo, me parece razoável a informação de que o efeito do álcool não é isolar o efeito do analgésico, mas fazer com que ele fique menos tempo no organismo. Mas, a conclusão não pode ser outra, se o remédio fica menos tempo no organismo, terá uma menor eficácia.

Eu já degustei um bom vinho, mesmo tomando medicamentos. Se reduziu ou não o efeito, não posso dizer, mas não percebi nada de “diferente”.”

 

Amon,

Hodierno ancião, Procurador, engenheiro, mágico e músico. Adepto de esportes radicais e artes marciais. Tresloucado da vida. Enófilo aventureiro