Um estudo publicado no periódico científico Nature Chemical Biology, mostrou, como cientistas descobriam uma forma de produzir morfina usando o mesmo método aplicado na produção de cervejas artesanais.

 

cerveja1

 

Eles modificaram geneticamente leveduras, para que elas fizessem um processo químico capaz de transformar açúcar em morfina.

 

O estudo, apesar de ser visto de forma promissora pelos médicos, também gera preocupações sobre a possibilidade de serem criadas drogas artesanais.

 

Para a produção de cerveja caseira, é necessário leveduras microscópicas que transformam o açúcar em álcool. Mas, ao usar o DNA de plantas, os cientistas conseguiram criar leveduras capazes de criar morfinas.

 

Um estágio desta produção, conhecido como reticulina, era um obstáculo para este objetivo que foi solucionado por uma equipe da Universidade da Califórnia, em Berkley.

 

O que queremos fazer é alimentar a levedura com glucose, uma forma barata de açúcar, para que ela seja capaz de transformá-lo em uma droga terapêutica“, afirma o bioengenheiro John Duebe.

 

Em nosso estudo, descrevemos todos os passos necessários para isso. Agora, é uma questão de conectá-los e criar um processo capaz de produzir em escala. Não é algo simples, mas é possível.”

 

A princípio, qualquer um com acesso a este tipo de levedura e as habilidades básicas de fermentação poderiam produzir morfina usando um kit utilizado para fazer cerveja“, explica um comentário sobre o estudo também publicado no periódico científico, que recomenda um maior controle destes microorganismos transgênicos.

 

Paul Freemont, um dos diretores do Centro de Biologia Sintética e Inovação do Imperial College, em Londres, no Reino Unido, acredita que o assunto deve ser tratado com seriedade, já que permite produzir narcóticos que podem vir a ser usados ilegalmente.

 

“Hoje, não é fácil produzir este tipo de levedura do ponto de vista técnico, mas e no futuro?“, questiona Freemont. “Por isso, é importante pensar em como devemos regular estas novas variedades.”

 

FonteÂ