Estava lendo uma notícia publicada no site GazetadoPovo no qual me gerou uma boa reflexão, quando o assunto é degustar (ou beber) vinho, os textos, em geral, acabam colocando o “dedo” em nossa cara nos acusando: “Você está fazendo isso errado”. Tanto que é comum, alguém me perguntar, como deve proceder para beber um bom vinho, temperatura certa, a taça a ser utilizada, como harmonizar, etc.

Alguns mitos já foram derrubados, como, por exemplo, a “obrigação” de se beber vinho branco quando o prato principal for carne branca, ou sobre beber um bom vinho branco em temperaturas baixíssimas, etc.

Se você é um estudioso do vinho, um sommelier, um enólogo, claro que você conhece muito mais regras do que nós “mortais”, mas isso não nos tira o direito de degustar um bom vinho.

É por isso que é importante ter algumas dicas sobre como curtir melhor esse momento precioso de “beber” o vinho.

A temperatura, embora não seja ideal você beber o vinho branco em temperaturas baixas, como as das geladeiras, certo é que é possível você manter seu produto nesse eletrodoméstico antes de abrí-lo. Basta que você o retire e coloque-o em temperatura ambiente uns 20 ou 30 minutinhos antes de consumi-lo. O procedimento fará com que você perceba alguns “detalhes” importantes em sua bebida, como as notas frutadas, acidez, “corpo”, etc.

Veja, você não quer beber uma água frutada, mas um bom vinho branco.

Por seu turno, o vinho tinto, nem sempre é ideal ser consumido na temperatura ambiente. As adegas, feitas para uma melhor conservação do seu produto, demonstram isso. A temperatura ideal é de 13º C. Então, se você tiver um vinho tinto na temperatura ambiente, o melhor a se fazer é colocá-lo, alguns minutos antes do consumo, em um balde com água e gelo. A água é importante, para tornar proporcional a troca de temperatura e para não fazer com que seu vinho tenha uma queda abrupta e desnecessária de temperatura.

Um outro fator que podemos destacar é que, as hastes das taças de vinho possuem funções únicas e “necessárias”. Primeiro, pelo fato de facilitar o movimento rotacional do vinho, aquele que vai proporcionar a liberação dos aromas. Além disso, ainda evitam que a gordura das mãos manchem a taça, causando espécie de “turvação”, o que prejudicará a apreciação da cor e claridade do vinho.

Beber água junto com o vinho. Para aqueles que são mais detalhistas, a água seria útil para ajudar na degustação do vinho, pois “limparia” qualquer resquício na boca, de modo que seria possível fazer com que o gosto do produto seja o mais “puro” possível. Mas, há outros fatores importantes, uma delas é que, além do vinho ser diurético, não possui função hidratante. Desse modo, a ingestão de água serve como uma “compensação” para o organismo, onde, ela atua como elemento de reposição da água no corpo.

Embora não seja pacífico sobre a correção de se cheirar a rolha do vinho, certo é que, se o garçom lhe entregar as rolhas, você pode, por análise visual, verificar se o vinho está bom ou não. Na verdade, você terá como conclusão, um indício sobre o estado do vinho. A rolha seca é um indício de que o vinho foi armazenado em pé, em vez de deitado, como recomendado. Por outro lado, se a rolha estiver encharcada, haverá o indício de que entrou ar na garrafa além da conta ou que a rolha está danificada.

Essas dicas não esgotam a análise do vinho, muito menos, o “comportamento” ideal do consumidor, pois isso deve ser deixado para os estudiosos, mas são preciosas para o consumo.