Nada mais chato e entendiante do que você ouvir alguém dizer “lugar de mulher é na cozinha”. Nem em tom de brincadeira, a assertiva agrada. Também, não há graça, nem lógica, ficar afirmando a torto e a direito que “lugar de mulher é onde ela quiser”. Pois, isso é algo tão óbvio, tão claro, que nem precisa ficar sendo afirmado como se fosse algo para se aprender. A mulher, cada vez mais, luta por seu espaço e o conquista. Os “mercados” tidos como masculinos, estão sendo dominados pelas mulheres que, com grande mérito, fazem por merecer. E assim, funciona também com as bebidas alcoólicas, mormente com as cervejas.

Foto – Metrópole

 

Antes, o mundo das “cervejas” era nitidamente masculino, algo que fora definido com a lente míope do machismo. Mas, agora, as mulheres provam que as bebidas são “unissex”.

Dentro desse contexto que Patrícia Müller largou tudo para se dedicar à sua paixão, ser uma cervejeira caseira e, em dezembro de 2017, conseguiu lançar seu primeiro rótulo.

Para investir em seu intento, Patrícia reformou a casa de queijos da avó, em Alto Paraíso (GO). E, em cerca de 20 metros quadrados, testou variações de uma receita com trigo, até que conseguiu um resultado que lhe agradou, lançando o rótulo São Bento.

Sobre a carreira de jornalista e a de cervejeira, a “ex- jornalista” afirma:

Jornalista vive de ideologia, e eu trouxe isso para a cerveja. Desejo prover a melhor experiência sensorial possível às pessoas

Patrícia conseguiu sua receita, após estabelecer contato com a professora do Instituto de Química da Universidade de Brasília, Grace Ghesti. Após, Patrícia fez alguns cursos de mestre-cervejeiro em Blumenau (SC), até chegar na produção de seu primeiro rótulo.

No momento, Patrícia é uma cervejeira cigana, mas irá batalhar na estruturação de seu espaço em Alto Paraíso, com o intuito de diversificar as variedades.

 

Fonte: Metrópolis